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A tranquilidade da Ilha do Cardoso



Fui recepcionada por botos e um lindo nascer do sol, que já despertou em mim a curiosidade do que me esperava na Ilha do Cardoso. A curiosidade aos poucos ia se desvendando com as descobertas desse local no litoral sul de São Paulo. Separada do continente pelo canal do Ararapira e Baía de Trapandé, avistava já o Parque Estadual Ilha do Cardoso.


Na chegada ao Núcleo Marujá, um trapiche de madeira simples que não deixei de tirar os olhos. Vilarejo com pequena infraestrutura, suficiente para relaxar. Povoado adorável e acolhedor.


Recém-chegada energia solar em alguns pontos, muitas casas dependem de gerador a diesel. Transporte? Bicicleta ou barco. Sinal de celular? Não pega! Mas as pousadas possuem Wi-Fi para os apegados. Mas não conte muito com isso. Paisagens? Por toda parte! Rio, mar, mangues, sambaquis, matas, cachoeiras, pôr-do-sol, vilarejos, uma fauna e uma flora muito rica de beleza.

O que fazer:

O Parque Estadual Ilha do Cardoso tem uma flora incrível, com diversas piscinas naturais e cachoeiras a serem visitadas. As visitas devem ser agendadas no centro de visitantes. Guias autorizados marcam datas e horários para conduzir a essas aventuras. Alguns passeios precisam de um número mínimo de pessoas.


Meu tempo era curto pela ilha, então optei por fazer a menor trilha que levava à Cachoeira Grande e durava apenas uma manhã. Uma embarcação (voadora) levava até a entrada da trilha em outro ponto da Ilha. Caminhada de 1,6km, trilha fácil, pequenos trechos que merecem atenção. A chegada era num poço de água cristalina e queda maravilhosa. Valor de R$30,00 por pessoa.

O Pontal do Leste é um passeio imperdível, encontro do rio com mar. Para os que têm disposição, há aluguel de bicicletas para passar um tempinho nesse cenário. Porém, também há a possibilidade de pegar uma voadora e chegar em torno de 20min. Aconselham ficar no canal, pois, no encontro com as águas do mar, as correntezas são mais fortes e perigosas.


Caso opte por fazer o passeio acima de voadora, pode aproveitar o caminho e conhecer a Cidade Fantasma que, atualmente, só possui 1 morador, uma igrejinha bem conservada e um cemitério. Lá, encontramos um rio bem gostoso de ficar. Existem 2 dias do ano que tem bastante movimento na cidade: na comemoração de São José, padroeiro da cidade (19/03), e no dia de finados. Não se sabe ao certo porque desertaram a cidade, mas tudo indica que foi devido à erosão que começou nos anos 30 e, se continuar, pode afetar a igrejinha. Leia mais aqui


Outros passeios que podem ser agendados:

Poço das Antas - 4h | 8km - dificuldade média

Trilha Suspensa sobre Manguezal - 45min | 650m - dificuldade baixa

Cachoeira do Ipanema - 6h | 19km - dificuldade alta

Trilha do Rei - 4,5h | 17km - dificuldade baixa

Piscina da Lage - 9h | 25km - dificuldade alta

Morro do Marujá - 2h30min | 6km - dificuldade média

Travessia das praias (Praia da Lage, Comunidade de Foles e Cambriú) - 4,5h | 17km - dificuldade alta


A Praia de Marujá fica bem próxima ao vilarejo, um mar de se perder no horizonte. Praiana que muitos sonham, particular. Boa para o surf, para pedalar e bons mergulhos.


No final de tarde, à beira do rio, pode-se apreciar um maravilhoso pôr-do-sol e nado dos botos . Ao anoitecer se tiver na lua cheia, se estiver em dias de lua cheia, o espetáculo está garantido.


À noite rola um forrozinho e é uma ótima oportunidade para experimentar a Cataia, uma bebida típica do Vale do Ribeira e do Litoral Norte paranaense, feita com a folha da erva medicinal que leva o mesmo nome da bebida, curtida na cachaça.

Para culinária, refeições regadas de camarões e peixes. Em alguns lugares, como a pousada do Tônico, pode provar ostras gratinadas da cooperativa da região.

Galeria de fotos :

Quando ir:


No verão, entre dezembro e fevereiro, as chuvas são constantes, mas a temperatura passa dos 25°C, porém as trilhas ficam mais cansativas. Entre julho e agosto, a umidade diminui e as temperaturas ficam em torno de 18°C de dia e 10°C à noite. Atenção para o mês de novembro, pois é o mês das mutucas, aquelas moscas grandes que a picada dói pacas.


Como há controle do número de visitantes, na alta temporada e nos feriados é preciso agendar passeios, e reservar a hospedagem com muita antecedência. Informações: Administração e agendamento de guias: 3851-1108/3851-1161.


Onde ficar:


Todas as pousadas possuem quarto confortáveis com banho quente e água potável direto das cachoeiras. Recomendo a hospedagem na Pousada Tônico. Fica bem próxima ao trapiche e tem um atendimento impecável. Café da manhã bem servido e bons quartos, além da confortável rede na varanda. Comidinha da Sra. Lucia e o pronto atendimento do Sr. Andre fazem toda a diferença.

Contatos da Pousada Tônico (André e Lucia)

Fixo: 13-38521201

Cel: 13- 981236304 (WhatsApp)


Como Chegar:


Os aeroportos mais próximos são os de Curitiba e São Paulo.

As embarcações saem de Cananeia. A Pousada Tônico (13-38521201/13- 981236304) faz o translado com voadora até o vilarejo que leva em torno de 1 hora.

O tempo de viagem varia de 55 minutos (lancha) a três horas (escuna).

Há também uma linha regular de barcos entre Cananeia e Marujá (três horas; ida: 2ª 13h, 4ª/5ª 8h; volta: 3ª 8h, 4ª 13h e 6ª 8h, R$ 54)


Distância de cidades para :


São Paulo: 271 km (Aeroporto - voos AZUl, GOL e TAM)

Curitiba: 256 km (Aeroporto - voos AZUl, GOL e TAM)





visita em setembro de 2017

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